terça-feira, 19 de julho de 2011





Mãe

Doce e sonhadora...
Olhos cor de mel,
Cabelos lisos e negros;
Com uma frágil aparência;
Pisciana Destemida!
E com grande Destreza!
Lembranças de minha infância...
Lembranças de minha mãe!
Um olhar triste, mas que tudo via!
Sem quase sorrisos...
A vida Foste Dura!
Já não queria viver.
Ficávamos juntos agarrados a ela,
Com medo de que partisse...
Com medo de perdê-la!
Dia após dia...
Assim foram os anos...
Eis que um dia, do fundo de um poço;
Se reergueu!
Se fez uma Heroína!
Mulher de coragem.
Mulher de Garra.
Retratos de uma infância triste.
De uma promessa de amor, Não cumprida!
De medos e medos a fio...sozinha!
Mas levantou-se...
Colocou-se em pé.
Largou as ataduras, e driblou a vida!
Mãezinha...doce eram suas palavras.
Aquietavam as minhas tristezas e meus medos...
Seus carinhos me acolhiam e seu amor me sustentava!
Dando força assim para seus pequeninos!
A sua pequenina!
Assim foi crescendo...e minha mãe : Uma lição de vida!
Hoje a vejo tão frágil; sempre disposta, contente.
Cantarola pela casa...
Por trás desses olhos, tanta história...
Tanta barreira vencida e tantos medos enfrentados!
Vencidos!
Atrás desse sorriso, tanta lágrima choraste!
Quantas feridas cicatrizadas!

Ahhh...Grande e Doce Maria!
Entre a vida e a morte, escolheu viver para nos amar!
Nos protege como uma Leoa.
Valente.
Com Garras...
E sempre com uma palavra de Força!
Agradeço os céus , a Terra e Todo Universo por permitir ser sua Filha.
E você com muita Honra: Ser Minha Mãe!
Te amo ETERNAMENTE!

Ana Paula Malosti
1998

terça-feira, 12 de julho de 2011

Coração Blindado

Tentando esquecer...

Pensando sempre em não retroceder;

Coração Blindado,

Não quer mais sofrer.

E dá voltas e voltas no amor...

Fugindo de um possível desamor...

Frio e machucado;

Se tornou Blindado, onde não passa nada,

Nenhum efeito colateral

De uma entorpecente morfina casual...

Passa dias...

Passa o verão...

Lá está o coração blindado.

Não se balança em tamanha distração.

Coração cascudo...

Nada sofre...

Não se atormenta com as aflições da Paixão.

Como pode tamanha frieza?

As vezes não parece um coração.

Gélido...

Frio...

Quente...

Casual...

Sexual...

Mas e o amor?

Coração blindado onde achará?

Quem alcançará?

Como penetrar?

Não pensa que a vida passa tão depressa?

E que os dias sem um amor é longo e gélido?

Não se esconda!

Permita-se!

O melhor está preparado!

E coração blindado ainda vai balançar por um olhar,

Assim meio atravessado...

De suspirar...

Quando pensamos que estamos Fortes,

É bem assim que de mansinho O amor Vem pra ficar!

E suas couraças TIRAR!!!


Ana Paula Malosti

domingo, 3 de julho de 2011

Casulo


Parada,

Estagnada,

Esperando a vida passar;

Se abrir, talvez...

Lagarta,

Sem formas,

Muda,

Presa,

Esperando o desabrochar,

De seu próprio Eu.

Partidas e

Vindas,

Amores e

Desamores,

Se fechou...

Inerte Ficou...

Mas numa bela tarde,

De seu sono se despertou,

E com força,

Sua pequena força

Pulsou...

Balançou...

Lançou para fora...

De seu casulo interior...

E com beleza e vida...

Voou e voou...

E se jogou de asas abertas para a imensidão...

Para o vazio e profundo Infinito...

No calor do viver...

Para viver a Vida...

Como deve ser!

Ana Paula Malosti

(Julho /2011)